Após um ano em funcionamento, o Super Centro Carioca de Saúde celebra os números alcançados na busca por melhorar a qualidade de vida dos cariocas como, por exemplo, ter zerado a fila do Sistema de Regulação (Sisreg), compreendida entre os anos de 2016 e 2021. Em 2020, havia 610 mil pessoas que esperavam um procedimento médico por até quatro anos. E até o fim de 2023, a Prefeitura do Rio vai atingir 2,2 milhões de ofertas de vagas no Sisreg, o triplo da registrada em 2020.

Até setembro deste ano, o complexo de saúde, localizado em Benfica, já realizou 530.798 atendimentos/procedimentos em suas três unidades – Centro Carioca de Especialidades (CCE), Centro Carioca do Olho (CCO) e Centro Carioca de Diagnóstico e Tratamento por Imagem (CCDTI). Com isso, também reduziu o tempo de espera na fila do Sisreg, que em alguns casos já foi de mais de quatro anos, para até 12 meses.

– O Super Centro é um orgulho para a saúde pública carioca. A Atenção Básica era um grande desafio quando ampliamos as clínicas da família. Quanto mais as clínicas da família funcionam de forma eficiente, mais gente vamos encontrar na fila com problemas específicos. Mas o importante é que zeramos a fila antiga do Sisreg. Agora temos que manter os serviços daqui do Super Centro funcionando bem. É muito bom poder cumprir o compromisso de zerar a fila do Sisreg – afirmou o prefeito Eduardo Paes, ao visitar o Super Centro Carioca de Saúde, nesta quinta-feira, para celebrar um ano do complexo.

Primeira unidade do complexo a ser inaugurada, em outubro de 2022, o Centro Carioca de Especialidades (CCE) já fez 122.370 atendimentos, 13.885 exames e 11.778 procedimentos cirúrgicos até o momento. Em 6 de fevereiro deste ano, as duas outras unidades, CCO e CCDTI, também foram abertas e o Super Centro Carioca de Saúde passou a ter funcionamento integral.

Desde então, o CCO fez 71.457 atendimentos, 2.437 cirurgias e 160.566 exames. Já no CCDTI foram 5.183 atendimentos e 127.604 exames. Com isso, o Super Centro Carioca já é a unidade com o maior volume de vagas ofertadas no Sisreg no município do Rio de Janeiro e foi primordial para fazer andar filas para procedimentos e especialidades, como cirurgia de catarata, tratamento de glaucoma, cardiologia, neurologia, pneumologia, nefrologia, ortopedia, angiologia, entre outras.

– Em 2020, a gente tinha 160 dias de espera, em média, na fila do Sisreg. Agora, este tempo médio de espera está em cerca de 80 dias. O tempo agora é menor porque a gente tem uma oferta muito maior de procedimentos do que a gente tinha anteriormente. Só o Super Centro Carioca de Saúde foi responsável por fazer andar quase toda a fila que estava esperando. Ano que vem, nosso compromisso é executar 2,3 milhões atendimentos ofertados pelo Sistema de Regulação – disse o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

A abertura do Super Centro Carioca de Saúde foi uma das medidas adotadas pela Prefeitura do Rio para zerar a demanda reprimida anterior no Sisreg e reduzir os tempos de espera para consultas e procedimentos. Desde 2021, a atual gestão investe na ampliação do acesso à atenção especializada e, com isso, triplicou o número de procedimentos agendados e executados no Sisreg, a partir de estratégias que vão desde a reestruturação e ampliação de serviços próprios, licitação e compra de procedimentos. Depois do Super Centro, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (HMRG), ampliado pela atual gestão, é a unidade com a maior oferta no Sisreg, saindo de 27.363 vagas abertas em 2020 para 147.318 em 2023 até agosto.

Outras medidas da Secretaria Municipal de Saúde para a ampliação da oferta de vagas foram as aberturas de 14 centros especializados, entre eles Centro de Especialidade em Cirurgia Pediátrica do Hospital Jesus, Centro de Especialidade em Ortopedia do Hospital Municipal Barata Ribeiro, Centro de Especialidade em Cirurgia Ginecológica do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, Centro de Infectologia da Policlínica Hélio Pellegrino e Centro de Referência em Cirurgia Geral do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles.

A evolução da oferta de vagas no Sisreg

Em dezembro de 2020, a cidade registrava um tempo de espera no Sisreg para consultas e procedimentos especializados que em alguns casos podia passar de quatro anos. A fila no sistema correspondia a 340.550 solicitações, porém outras 269.024 pessoas tinham sido devolvidas para as unidades de Atenção Primária e também aguardavam agendamento. Considerando o somatório de todas as solicitações no Sisreg e as paradas nas clínicas da família e centros municipais de saúde, havia 609.575 pessoas à espera de algum agendamento em 2020.

De 2020 para 2023, a Secretaria de Saúde praticamente dobrou a oferta de vagas no Sisreg, saindo de 799.591 para 1.516.978 até agosto deste ano, com projeção de triplicar e chegar a 2,2 milhões ao fim do ano. Os procedimentos realizados na rede municipal foram os que tiveram maior acréscimo no período, saindo de 606.425 (76% de todas as vagas disponibilizadas no Sisreg em 2019) para 1.312.439 nos oito primeiros meses deste ano (87% do total de vagas).

Hoje, há um número de pessoas na espera de atendimento, mas por outra razão: devido ao aumento do número de solicitações em razão das que voltaram a buscar atendimento no sistema público, muitas delas por terem perdido o plano de saúde. O tempo médio de espera pelo agendamento reduziu de 160 dias, em 2020, para 81 dias, em 2023. Atualmente, 55% das pessoas que aguardam uma vaga estão no Sisreg há menos de 60 dias; outros 15%, entre 60 e 90 dias; e 23% entre 90 e 180 dias. Somente 7% (7.794 solicitações) aguardam há mais de 180 dias, o que permanece sendo foco de atenção da atual gestão. Toda a fila que existia do ano de 2021 para trás foi zerada e restam apenas 117 pedidos de 2022 ainda pendentes. São casos de alta complexidade que fogem à competência da rede municipal.

Para as especialidades que representavam os maiores gargalos em 2020, houve um incremento de 145% na oferta mensal, atendendo mais pessoas e reduzindo o tempo de espera. Consulta em ortopedia, por exemplo, chegou a ser a maior pendência registrada em 2020, com uma fila de 15.302 pessoas e disponibilização de apenas 1.058 vagas por mês, resultando em um tempo médio de espera de 275 dias. Em 2023, com o incremento de 555% de vagas para a especialidade (5.877 novas vagas mês), o total de solicitações pendentes reduziu para 523 pessoas e o tempo de espera caiu para 49 dias em média. Densitometria óssea era outro gargalo, com 3.920 na fila e tempo médio de espera de 204 dias. Atualmente, são 304 pessoas aguardando e a espera pelo exame está em apenas 28 dias.

Fonte: Prefeitura do Rio

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